Olho sem prestar atenção ao que me rodeia, mesmo que não pensando em nada.
Não me sinto bem em lado nenhum, e, mesmo amando a natureza, já não me conforta muito.
Algo que sinto pena.
Mas, de certeza, tenho de algo inacreditável dentro de mim: não tenho a certeza das minhas capacidades e até mesmo do que eu gosto de fazer.
É como não tivesse alma dentro de mim.
Não sei o que sairei daqui.
Não sei para onde vou e de onde parei, apenas vou flutuando no imenso mar onde habita imensos animais marinhos que percorrem quilômetros no imenso oceano azul.
Sinto a me perder pelos dedos das mãos que não consigo agarrar com força, mesmo que não sinto com energias suficientes.
Gostaria de acreditar mais que sou capaz, de que não existe aquele misterioso limbo entre a vida e a morte.
De ter a certeza que há uma planície que me possa sustentar no ar puro.
Forma mais do que suficiente para respirar fundo nos momentos mais complicados.
Isto faz parte de uma obscura parte do meu ser que mais tento esquecer.
Esquecer com força para não cair no abismo, independentemente do tamanho que tiver.
Depender de apenas uma corda tão fina que nunca arrebenta e me deixa cair.
Cada vez mais para o fundo do poço das maiores trevas do universo humano.
Um universo tão extenso que não vejo fim, nem por todas as estrelas brilhantes existentes.
Preferia muitas vezes estar entre quatro paredes do meu quarto.
Até ao momento em que estará tudo tranquilo dentro de mim.
Gostaria muito de puder estar tão iluminada quanto fosse possível brilhar.
Estar bem comigo mesma, não tendo entrando tão facilmente nas trevas que se encontram no fundo de um simples poço cheio de água.
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