Olho sem prestar atenção ao que me rodeia, mesmo que não pensando em nada. Não me sinto bem em lado nenhum, e, mesmo amando a natureza, já não me conforta muito. Algo que sinto pena. Mas, de certeza, tenho de algo inacreditável dentro de mim: não tenho a certeza das minhas capacidades e até mesmo do que eu gosto de fazer. É como não tivesse alma dentro de mim. Não sei o que sairei daqui. Não sei para onde vou e de onde parei, apenas vou flutuando no imenso mar onde habita imensos animais marinhos que percorrem quilômetros no imenso oceano azul. Sinto a me perder pelos dedos das mãos que não consigo agarrar com força, mesmo que não sinto com energias suficientes. Gostaria de acreditar mais que sou capaz, de que não existe aquele misterioso limbo entre a vida e a morte. De ter a certeza que há uma planície que me possa sustentar no ar puro. Forma mais do que suficiente para respirar fundo nos momentos mais complicados. Isto faz parte de uma obscura parte do meu ser que mais tento esquece
Sinto-me uma pequena princesa que percorre as ruas e estradas da realeza. Mostrar as várias regras de etiqueta que modificaram a cada ano, a cada minuto. Não consigo acompanhar este ritmo de novas culturas, de novas modas, me sentindo cada vez mais antiga. Como estivesse a viver durante séculos na terra, mas são apenas duas décadas e meia. Sentir-me perdida, mas ao mesmo tempo, única e bela, algo que me tranquiliza com o tempo. Uma princesa que é rodeada pela nobreza snobe e gananciosa, algo que não valorizo. Uma nobreza que finge para agradar os outros, mantendo uma reputação. Enquanto tenho que fingir para agradar todo um povo. Para puder, mais tarde, ser rainha de um enorme povo. Uma reputação pode-se quebrar tão facilmente. Mesmo sabendo como é viver sem nada, sem saber quando voltará a comer bem novamente. Sentir conforto não é fácil de se manter. Uma vida complica a cada segundo, mesmo mostrando alguma facilidade nalguns dias. Saber o que é simples, facilita muito na vida. Saber