Derramar lágrimas de dor, lágrimas de tristeza.
Talvez lágrimas de sengue.
Já nada me acalma.
Apenas olho para o nada sem reação.
Uma espada transpassa pelo meu peito, deixando a maior ferida da minha própria vida.
Só quero que termine.
Que acabe de vez.
Não suporto mais ser pisada por estes sentimentos.
Estes que já não se acalma o coração.
Sentimentos que rasgam o meu corpo eternamente, sem ver a cura ao fundo do túnel.
Quero chorar para aliviar, mas não consigo fazê-lo.
Sentir à beira do abismo, sem saber se está sol ou a chover.
Não sinto a chuva no meu rosto, por estar já molhado pelas lágrimas deitadas.
Sentir-me presa pelos sentimentos obscuros.
Ver uma luz branca inalcançável longe de mim.
Um desejo de ver uma mão salvadora.
Uma mão que acredito ser possível me salvar da escuridão.
Ando entre a vida e o desespero, sem saber o que agarrar.
Querer conforto em cada dia que vivo.
Aquecer o coração para que não pare antes da sua hora.
Sem saber como tomarei rumo da vida, novamente.
Apenas desejar estar novamente em mim, no meu rumo certo.
Saber se estou no caminho certo para ser feliz.
De voltar a ser simples!
A ser importante o suficiente para viver bons momentos.
De sentir que sou uma pessoa real e inteira.
Desde o esqueleto até à pele.
De sentir novamente uma rapariga mais normal.
Nos padrões da normalidade.
Nem que seja por duas horas.
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