Sou livre para escolher o meu caminho.
Sou a única que escreve o meu destino.
Tudo é tão diferente, mas tudo tão igual, que fica difícil e confuso.
Escondida nas mais profundezas da floresta, esta uma vida, não muito diferente da dos humanos, e está cheia de medo.
Medo por ser diferente.
Por não ter o mesmo corpo que os humanos.
Por ter outra alimentação à base de carne e frutos tropicais.
Numa rua sem saída, vê-se num canto, uma rapariga de 6 anos, que foi abandonada por mostrar-se diferente.
Os seus pais não a quiseram como filha ou familiar.
E até como ser humano.
Identifiquei-me com ela.
Eu também tinha sido negada não só pela família como pela sociedade humana, mas aceite na sociedade animal.
Mas algo nela me traia e aproximei-me devagar.
A cinco metros de distância pude ver algo extraordinário.
Esta rapariga era semelhante a mim.
Tinha asas e dois chifres, mas não tinha rabo de golfinho na parte lombar do seu corpo.
Era uma fada protetora que defendia qualquer coisa que ela acredita, mas naquele momento não acreditava em nada nem em nenhum humano.
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