Deito lágrimas para me soltar. Para me tranquilizar. Solto-as para esquecer que algum dia vivi aquele sofrimento. Aquela luta que vivi alguma vez. Aquele sufoco que me prende ainda nos dias de hoje. Aquela dor que quero soltar.
Aquelas palavras que quero soltar, mas que me magoam demais. Palavras essas que me prendem no mais escuro canto do meu ser. Ser esse que não têm valores para muitos e valorizada por poucos.
Alívio. Vazio. Tranquilidade.
São sensações maravilhosas depois de ter soltado todas as lágrimas. Lágrimas soltas. E são mesmo assim. Soltas. Soltas e que vaguem à procura do próximo ser que precisa de ser libertado. E outras vezes, anda em círculos em cima da nossa cabeça à espera de uma nova libertação.
A sensação de libertação precisa, volta sempre. E, nesses casos, o meu coração não ajuda. Fica preso. Sem reação. Ter dificuldades de respirar fundo.
Sozinha sossego. Na escuridão do meu quarto. Ou debaixo de uma manta à luz do dia. Choro até as lágrimas secarem dentro de mim. Até desidratar. Até não houver mais nada dentro de mim. Nada. Nada mais vale nessas alturas. Nada é melhor até nos sentirmos bem connosco próprios. É bem melhor.
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