Tento mudar de vida, mas não consigo passar disto. Eu evoluo, mas ainda me veem como uma criança. Há assuntos de adultos que não percebo, mas não quer dizer que não possa ser uma boa mãe, uma boa esposa ou uma boa mulher para os outros assuntos. Caio sempre nas trevas por me sentir diminuída por mim mesma e pela sociedade inteira. Não é fácil ser adulta, quanto mais queremos provar que o somos. Aprendo algo que apenas dizem que era a minha obrigação enquanto jovem e futura adulta. Já posso votar, mesmo que me vejam como inculta. Odeio crescer, mas também odeio que me vejam como criança. Como imatura! Como não prestasse para ser digna de tal título. Não ter qualquer tipo de significado. Como só existisse o meu corpo. Não ter alma que signifique algo. Um corpo sem alma. A cada ano que passe, a cada segundo que respire, uma parte de mim se quebra como fosse de porcelana. Sermos demasiado frágeis para sermos destruídos em questões de anos. Sinto que não querem me deixar ser autônomo, mas n
Derramar lágrimas de dor, lágrimas de tristeza. Talvez lágrimas de sengue. Já nada me acalma. Apenas olho para o nada sem reação. Uma espada transpassa pelo meu peito, deixando a maior ferida da minha própria vida. Só quero que termine. Que acabe de vez. Não suporto mais ser pisada por estes sentimentos. Estes que já não se acalma o coração. Sentimentos que rasgam o meu corpo eternamente, sem ver a cura ao fundo do túnel. Quero chorar para aliviar, mas não consigo fazê-lo. Sentir à beira do abismo, sem saber se está sol ou a chover. Não sinto a chuva no meu rosto, por estar já molhado pelas lágrimas deitadas. Sentir-me presa pelos sentimentos obscuros. Ver uma luz branca inalcançável longe de mim. Um desejo de ver uma mão salvadora. Uma mão que acredito ser possível me salvar da escuridão. Ando entre a vida e o desespero, sem saber o que agarrar. Querer conforto em cada dia que vivo. Aquecer o coração para que não pare antes da sua hora. Sem saber como tomarei rumo da vida, novamente